Karl Marx foi um dos grandes autores clássicos
que se dedicaram a entender e a analisar a divisão do trabalho na
sociedade capitalista.
Para ele a divisão do trabalho é fruto do
desenvolvimento da sociedade e do estilo de vida do homem. Conforme as suas atividades vão se sofisticando, torna-se necessária
uma maior especialização e por consequência, uma maior divisão das etapas da
produção.
Na sociedade atual, cada indivíduo possui uma
capacitação específica e os serviços estão cada vez mais terceirizados.
Para Karl Marx a divisão do trabalho
trouxe divisões de classes e por conseguinte a criação da Burguesia e
do Proletário. Durante a Revolução Industrial os beneficiados foram
os detentores da matéria-prima e das ferramentas, máquinas, uma
vez que quem não tinha posses passou a vender a força de trabalho tornando-se
empregado daquele.
Pode parecer justo a primeira vista, mas o sistema
cria uma lógica desigual onde um operário trabalha durante 4 horas para pagar o
seu salário e mais 4 horas sem ter qualquer participação dos lucros que recebem o nome de mais-valia.
Isso permite que o burguês enriqueça rapidamente e o proletário tenha que
trabalhar durante toda a vida para manter sua existência.
Seguindo essa lógica as horas de trabalho seriam
todas as 24 horas de um dia menos aquelas destinadas ao descanso necessário ao trabalhador para que no dia
seguinte ele execute o mesmo trabalho. Essa exploração foi o estopim para boa
parte das revoltas trabalhistas dos
séculos passados.
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